Misterioso, intenso e envolto em lendas, o absinto é muito mais do que uma bebida alcoólica. Ele é símbolo de arte, rebeldia e renascimento. Conhecido como a "fada verde", esse destilado carrega uma trajetória rica e polêmica — e hoje vive uma nova fase de reconhecimento e sofisticação.

As raízes suíças da bebida mais enigmática do mundo

A origem do absinto remonta ao final do século XVIII, na cidade de Couvet, na Suíça, perto da fronteira com a França. Criado inicialmente como um tônico medicinal, o absinto era produzido a partir da maceração e destilação de diversas ervas — com destaque para a losna (Artemisia absinthium), o anis e o funcho. Seu sabor marcante e propriedades digestivas chamaram atenção rapidamente.

O auge na França e o nascimento da “hora verde”

No século XIX, o absinto conquistou a França, tornando-se um fenômeno cultural. Entre cinco e sete da tarde, acontecia a famosa “hora verde”, quando bares e cafés parisienses ficavam repletos de artistas, escritores e boêmios. Figuras como Van Gogh, Oscar Wilde, Baudelaire e Toulouse-Lautrec celebravam a bebida tanto pelo sabor quanto pelo suposto poder de inspirar criatividade.

Mais do que um drink, o absinto se transformou em um ritual visual e sensorial. A preparação tradicional envolve a diluição lenta da bebida com água gelada, pingando sobre um cubo de açúcar apoiado em uma colher perfurada, revelando o efeito louche — quando o líquido se torna leitoso e libera seus aromas.

Proibição, mitos e o declínio da fada verde

No início do século XX, o absinto passou a ser visto com desconfiança. Campanhas moralistas e interesses da indústria do vinho contribuíram para sua demonização. O estopim veio em 1905 com o chamado “crime do absinto”, quando um camponês suíço assassinou sua família após ingerir diversas bebidas, entre elas duas doses de absinto. O escândalo resultou na proibição da bebida em vários países.

Durante décadas, o absinto permaneceu proibido, cercado por mitos — o mais famoso deles dizia que a substância tujona, presente na losna, causava alucinações. Mas estudos no final do século XX provaram que a concentração de tujona nos absintos autênticos era baixa demais para provocar esse efeito. O verdadeiro risco sempre foi o seu alto teor alcoólico, que pode ultrapassar os 70%.

O renascimento do absinto no século XXI

Com base em evidências científicas, a União Europeia e outros países voltaram a legalizar a produção do absinto, desde que respeitassem os limites de tujona. Os Estados Unidos liberaram a venda em 2007, e a França readmitiu oficialmente a bebida em 2011.

Hoje, o absinto é produzido por destilarias artesanais na Europa e América, muitas delas resgatando receitas históricas e técnicas tradicionais. A ascensão da coquetelaria contemporânea também contribuiu para o renascimento do absinto, agora presente em drinques clássicos como o Sazerac e o Corpse Reviver #2.

Absinto é arte líquida — e você encontra na JAS Bebidas

Ainda envolto em um certo misticismo, o absinto se consagra como uma das bebidas mais intrigantes e elegantes do mundo. Seu legado combina história, rebeldia e sofisticação.

Na JAS Bebidas, você encontra rótulos autênticos de absinto para viver essa experiência com intensidade e segurança. Respeite o ritual, aprecie com responsabilidade — e brinde à história com a fada verde.